A maioria das empresas não hesitaria em dar folga a seus funcionários quando um membro de sua família morre. Mas a mesma regra se aplicaria a animais de estimação?
Quando a empresa onde trabalha a britânica Katie Adkins lhe deu dois dias de folga pela morte de seu cão Golias, ela ficou emocionada e grata.
No entanto, sabemos que o mundo corporativo, de forma geral, não tem uma uma cultura tão compreensiva.
Quando um membro da família morre, a maioria das empresas concede dias de licença para que possamos nos recuperar de tal perda. Sendo o animal de estimação também um membro da família, muitas vezes até mais pertencente do que aquela tia distante ou aqueles primos com os quais perdemos o contato, por que não ter a mesma empatia por esse luto?
Questionada sobre essa possibilidade, Susan Stehlik, diretora do programa de comunicação gerencial da Universidade de Nova York, foi taxativa: “minha reação imediata, do ponto de vista do RH, seria não”. Porém, depois de refletir extensivamente sobre o assunto, mudou de ideia. “Você tem que entender que as pessoas demonstram afeto de forma diferente. No dia em que seu chefe não se mostra solidário à sua dor, você percebe que está um ambiente de trabalho hostil”, explica ela.
“Sem poder lamentar a morte do animal de estimação, o funcionário está presente fisicamente, mas não traz nenhum valor agregado para a empresa”, completa Cary Cooper, professor de psicologia organizacional da Universidade de Manchester, no Reino Unido.
Com informações da BBC.
Foto: Freepik