Desacelere – benefícios de ter um pet, Centro Educacional Pioneiro

Quem tem um pet, nunca está sozinho. A máxima valia antes da quarentena mas, em épocas de isolamento social, quem gosta de bichos de estimação percebeu como a companhia animal tem se mostrado ainda mais significativa.

Muitos colaboradores e famílias têm enviado fotos de seus bichinhos em casa e, por isso, resolvemos conversar com uma especialista para saber os benefícios e cuidados que os pets trazem para quem consegue dispor de tempo e amor para oferecer a eles.

Tatiane Ichitani, tia dos alunos Eric Mizumoto e Lorena Sugiura do Infantil, é psicóloga de formação e presidente do Instituto Cão Terapeuta. Ela falou sobre os benefícios mentais e emocionais de se ter um pet, e também das reponsabilidades – inclusive as dificuldades durante a quarentena.

Tatiane Ichitani, do Instituto Cão Terapeuta (Crédito: Tatiane Ichitani)

Confira o relato dela:

“Um animal de estimação, bem adaptado, com todas as suas necessidades fisiológicas, emocionais e comportamentais supridas, pode trazer muitos benefícios para aqueles que convivem com ele. O contato com um animal traz sensação de bem-estar e conforto, pois essa relação pode causar alterações positivas ativando hormônios e neurotransmissores como ocitocina e dopamina (sensação de felicidade e acolhimento). O efeito é basicamente o mesmo em todas as pessoas. Por isso, os humanos que estão acompanhados de seus pets durante o isolamento social têm essa vantagem, pois tem um parceiro que torna esse período menos difícil.

Teoricamente, não há contraindicação no convívio com pets, mas algumas pessoas podem ter restrições em relação a algumas espécies – alergia grave a pelos, imunossuprimidos, fobia etc. Além disso, antes de adquirir um animal de estimação, a família toda precisa estar de acordo, pois é um ser que fará parte da convivência diária com as pessoas. É necessário conhecer a espécie e suas necessidades, verificando se poderão se comprometer com essas atividades pelo resto da vida do animal (vacinas, passeios, alimentação, consultas médicas, remédios etc.).

Os animais também sofrem com o isolamento, pois há alteração de rotina em relação a atividades, passeios e socialização. É importante que as famílias se preocupem com isso desenvolvendo atividades de enriquecimento ambiental para que o animal não fique entediado e desenvolva problemas comportamentais. Por outro lado, ele também está acompanhado de pessoas o tempo todo, o que é uma vantagem, já que o cão, por exemplo, adora a companhia da família. Deve-se ter um cuidado quando as pessoas retomarem a rotina das saídas de casa para que o animal não se sinta sozinho, de uma hora para outra.”

Conheça o trabalho do Instituto Cão Terapeuta

Idealizado em 1998, o Cão Terapeuta foi – até 2013 – um projeto social da empresa Cão Cidadão. Em junho de 2013, o Instituto se tornou uma ONG/OSCIP independente, para melhor atender as necessidades dos assistidos.

Cães voluntários visitam hospital (Crédito: Tatiane Ichitani)

Hoje, o Cão Terapeuta realiza visitas semanais, quinzenais e mensais a instituições que cuidam de crianças, adultos e idosos em situação de vulnerabilidade.

O Instituto, localizado em São Paulo, conta com 37 cães terapeutas e seus donos voluntários, e 17 voluntários sem cães.

Trabalho é desenvolvido desde 1998 (crédito: Tatiane Ichitani)

Para nós, o maior objetivo é atender essas instituições com qualidade, o que significa, obrigatoriamente, preservar o bem-estar dos animais coterapeutas. Por isso, conta com 17 consultores e especialistas em comportamento animal, que acompanham todas as visitas realizadas para garantir as condições e a segurança dessas interações.

Publicação original em pioneiro.com.br/desacelere/.